terça-feira, 27 de setembro de 2011
O que é o amor afinal?
- Mia?
- Oi?
- Você ainda me ama?
- Depois de tudo, você ainda pergunta se ainda te amo? O que é o amor afinal?
- Para mim é sorrir quando se tem alguma notícia boa, mínima que seja de ti.
- Então sim, ainda...
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Sopro tênue
teu sopro tênue sob o céu de outrora
flores sedentas de sol,
sombras cintilantes na beira do rio
o som da inquietude das águas,
o vento acaricia a terra, as flores,
as árvores, os pássaros, a grama,
a pele, os olhos, o mar
em profundo respeito pela vida
o tempo faz-se inteiro
e tudo caminha conforme o rumo
as nuvens se abraçam em mutação
é frio e a pele entra em arrepio
pressente o ardor da manhã
o tempo passa de repente
em inesperados entretantos
é frio a pele entra em arrepio
mas o vigor de tudo me é audível
domingo, 25 de setembro de 2011
Prece de ensaio
virão para teus olhos
sementes de encanto
ressoarão entretantos
como pequenos espantos
preces de silêncio
a música dos ventos
o repente do sol
a oração da chuva
o canto dos pássaros
o sussurro da noite
estará inteiro e atento
para escutá-las?
sementes de encanto
ressoarão entretantos
como pequenos espantos
preces de silêncio
a música dos ventos
o repente do sol
a oração da chuva
o canto dos pássaros
o sussurro da noite
estará inteiro e atento
para escutá-las?
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Indizível
riso claro tece a a noite
escorre em orvalho
vagamente nos lábios
teu apelo por seres vão
espada nua, sacio a rua
rota perdida inda ferida
franze a raiz como o fruto
gorgeia, balbucia, canta
morde bruscamente
com ternura meu coração
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Poema sobre nada
achar o nada e pensar tudo
ser tão inútil quanto o nada
fadado nas mãos
ser tão vazio
quanto uma folha em branco
nascida no revés da página
no princípio de tudo
sem beijo, nem imagem
só a vibraçao do silêncio
terça-feira, 20 de setembro de 2011
(do vento)
(Van Gogh - Starry Night)
atrás dos ouvidos
sussurra o vento
seu amor, sua prece
seu amor, sua prece
(Luiza Maciel Nogueira)
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Oração presente
notas se rebelam
em goles de sóis
a música pelos dedos
arranca a memória
cada momento é vão
no nascimento de uma canção
ora o tempo
em cada história
em cada história
e em cada ilusão
o tempo ora
sábado, 17 de setembro de 2011
Depois do poema
depois do poema
o silêncio ora na superfície
invade o véu da solidão
as estrelas se devoram
terra e semente se contém
assim como o céu, não convém
o tempo anuncia sua pausa
mas nada fica, tudo vai
depois do poema
a lágrima cai
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Prece de lento resgate
em pele ressoa o verso, pólen
canta o dia seu som, tua voz
sussurra a gota no cais, garoa
gesta algo que se transforma
exala o aroma, a aura, tempo
prova o silêncio da palavra
que não soube dizer
e pelo não dito se encolhe
resgata a força, a essência,
o amor que por desamor
já nem vive
pois que fere já sem saber
que morre

canta o dia seu som, tua voz
sussurra a gota no cais, garoa
gesta algo que se transforma
exala o aroma, a aura, tempo
prova o silêncio da palavra
que não soube dizer
e pelo não dito se encolhe
resgata a força, a essência,
o amor que por desamor
já nem vive
pois que fere já sem saber
que morre
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Dos merecimentos
(Encontro - por Luiza Maciel)
não mereço tua palavra, não mereço tua saliva
não quero anoitecer na madrugada chuvosa
não mereço teu perfume, ausento-me de tua vida
mereço aqui estar e quero só resgatar o meu lugar
não mereço tua lágrima, mereço uma saída
uma porta que me leve onde mereço caminhar
uma janela que me dê paisagens
de qualquer cor, em qualquer endereço
um instante que se revele e só isso
mais nada...
Sebo de flores
as pétalas derramaram-se
em tuas mãos,
com o tempo elas se irão,
no sebo das flores
quando for noite desabrocham
em madrugada insone
revelam odores em segredo
de beleza incomum
ninguém as conhece,
distantes de tudo
velam em tuas mãos
no sebo das flores
todas as flores renascem
quando encontram um coração
domingo, 11 de setembro de 2011
Lá no MeuLampejo
Hoje estou junto com Mirze lá no MeuLampejo, confiram no link abaixo:
http://wwwmeulampejo.blogspot.com/2011/09/passo-nos-cantos.html#links
http://wwwmeulampejo.blogspot.com/2011/09/passo-nos-cantos.html#links
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Lá no Vidráguas
Hoje estou lá no Vidráguas com uma poesia de uma pessoa muito especial!!
Confiram:
http://vidraguas.com.br/wordpress/2011/09/07/projeto-pontuacao-em-vidraguas/
Confiram:
http://vidraguas.com.br/wordpress/2011/09/07/projeto-pontuacao-em-vidraguas/
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Haicais em polpa e bebida
(Poesia XVIII)
polpa de horizontes
um gole de céu
no fundo do mar
bebo chuva nos lábios
na tua boca solar
sorvo o mar
no aceno da paisagem
tuas mãos de árvore
abrigam pássaros
coloco no liquidificador
chuva, sol, céu, mar
Voilá! É a vida!
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Lá no Vidráguas
Gente bonita, estou com uma super novidade lá no Vidráguas confiram:
http://vidraguas.com.br/wordpress/2011/09/02/um-curtir-que-vale-uma-camiseta-com-drummond/
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Uma prece devida
(Solar na superfície do mar - por Luiza Maciel Nogueira)
me era pedido como prece
beijar as beiradas das palavras
na busca incessante
de traduzir sóis
entre as frestas dos olhos
desvendar cantos encobertos
em brumas sob o mar
peixes sedentos
em algas no baile da sintonia
curvas, ondas, ventanias
era suposto mergulhar na superfície
iluminada pelo pôr do sol
jazida em brio nas águas
onde vela o som nascente
no contraste das sombras
na essência da prece
(a vibração do silêncio)
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